Tomismo vem do nome de Santo Tomás de Aquino, um estudioso e religioso que estudou profundamente a obra de Aristóteles, trabalhando em comentários sobre essas obras com intuito de superá-las. Tomás tinha a intenção de aperfeiçoar a base psicológica que havia atè então, elaborando uma nova base.
Quando um profissional se debruça sobre o tomismo encontra-se com o todo, a integralidade do ser humano, pois ela orienta a existência a partir do intelecto. Não é sobre ignorar ou desprezar o sentimento, mas orientá-lo a partir da inteligência.
Sua preocupação é com a formação de um caráter ordenado que deve vir a partir da inteligência, que informa a vontade a escolher o bem e a controlar a parte afetiva.
Há quem pressuponha se tratar de uma abordagem religiosa, mas não se trata disso. Dois pressupostos tomistas, por exemplo, são: colocar a inteligência no centro da personalidade e saber identificar e lidar com as emoções que atrapalham a dinâmica da vida.
Por se basear em escritos de Santo Tomás, não quer dizer que o objetivo seja a conversão religiosa durante o processo terapêutico. Assim, como o existencialismo de Sartre não intenciona transformar as pessoas em ateus (como o autor se definia).
Qualquer pessoa quer melhorar a forma de ver o mundo e também quer saber lidar com as emoções que são incômodas. Nesta linha psicológica, a partir do pensamento de um autor medieval religioso, esses objetivos são claramente estabelecidos e alcançados, identificando e trabalhando naquilo que impede a pessoa a viver melhor em relação a si mesmo e aos outros.
